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09/01/2018
Sopros e cardiomiopatias são recorrentes na rotina veterinária

 

O organismo de animais de estimação é capaz de, muitas vezes, esconder determinadas doenças. Alguns problemas cardíacos, por exemplo, não apresentam sintomas bem definidos, porém, se identificados no início, podem receber o tratamento adequado.

 

O professor titular do Departamento de Ciências Clínicas da Universidade do Estado do Oregon (EUA), Hélio Autran, cita o sopro cardíaco para ilustrar estes casos. O problema, segundo ele, é mais recorrente em raças pequenas, mas também pode ocorrer em raças grandes. “A doença pode ser notada em uma consulta de rotina enquanto o animal é auscultado. Apesar de merecer uma investigação, nem sempre o sopro significa um problema grave no coração do animal”, salienta.

 

Para saber da real dimensão do sopro, Autran comenta que exames de ecocardiograma, de pressão arterial, raio-x torácico e exame de sangue de função renal são importantes assistentes para a obtenção de um diagnóstico. “Os resultados definem o tratamento que o veterinário deve adotar. Entre as medidas a serem tomadas, cabe, inclusive, pequenas mudanças nos hábitos do animal, como uma dieta, assim como outras terapias que envolvam o uso de medicamento para normalização da pressão arterial”, explica e informa que o pet diagnosticado deve ser reavaliado regularmente a cada seis meses.

 

A ciência precoce do sopro em cães pode facilitar o tratamento e evitar evoluções para problemas mais sérios e irreversíveis, como uma lesão cardíaca, de acordo com o profissional. “A pressão arterial pode ser controlada por medicamentos capazes de evitar que enfermidades renais e circulatórias se instalem no organismo do pet”, esclarece e destaca, portanto, a importância dos tutores levarem seus pets a consultas veterinárias frequentemente, para que haja tempo hábil de diagnosticar e tratar qualquer tipo de doença cardíaca.

 

Comum na rotina cardiológica

 

Outra disfunção presente de bastante destaque no dia a dia de profissionais da cardiologia é a cardiomiopatia que, como explica Autran, ocorre quando o músculo cardíaco está enfraquecido e perde a capacidade de se contrair de forma eficaz. “Essa doença pode levar à insuficiência cardíaca congestiva, com acúmulo de líquidos no pulmão, tórax, cavidade abdominal ou no tecido subcutâneo”, descreve. Já a cardiomiopatia dilatada pode causar fraqueza, desmaios, intolerância a exercícios, ritmo cardíaco anormal ou arritmia e é associada com frequência a complicações no tratamento de pets cardiopatas. 

 

Como apontado pelo professor, o tratamento objetiva diminuir os sinais decorrentes da insuficiência cardíaca congestiva e, também, visa melhorar a capacidade do coração de bombear o sangue. A insuficiência também tem mais um detalhe: pode ser originada do lado esquerdo e/ou direito do coração. “Os sinais clínicos vindos do lado direito são distensão abdominal, ingurgitamento ou pulsação da veia jugular, hepatomegalia, efusão pleural, edema, efusão do pericárdio e aumento de peso devido à retenção de líquidos. Já entre os sintomas do lado esquerdo, podemos citar tosse decorrente do edema pulmonar, dificuldade para respirar, taquipnéia e dispneia”, enumera. Ele ainda revela que sinais como fadiga, dispneia de exercício, taquicardia, palidez, cianose, perda de peso podem ser observados em ambos os lados.

 

A primeira coisa a se fazer, para o diagnóstico, de acordo com o profissional, é a realização da anamnese física e detalhada por meio dos sinais que o animal apresenta. “Ainda, é necessária a realização de exames laboratoriais e complementares”, adiciona. Os resultados dessas investigações podem indicar pequenas alterações das concentrações sorológicas de proteínas, além dos indicadores renais. “Nem sempre pode haver indicativo de alterações significativas, mas é importante o paciente ser submetido a radiografias do tórax, caso haja suspeita de doença cardíaca”, sinaliza.

 

Para finalizar, o professor destaca alguns itens primordiais para a avaliação de pacientes com suspeitas de cardiopatias: o primeiro é o ecocardiograma. “O exame veterinário pode identificar ritmos anormais ou alterações no gráfico normal”, afirma. O segundo item é o instrumento considerado, por ele, muito importante para a vida de um especialista: o estetoscópio. “Com isso, o profissional consegue desempenhar um bom papel”, conclui.

 

Fonte: Revista Cães&Gatos, Claudia Guimarães
http://caesegatos.com.br/sopros-e-cardiomiopatias-s-o-recorrentes-na-rotina-veterin-ria

 
 
 
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